Prof. Dr. Carlos Alexandre Fett
Faculdade de Educação Física da UFMT
Mestrado da Nutrição da UFMT
Laboratório de Aptidão Física e Metabolismo - 3615 8836
Consultoria em Performance Humana e Estética
**O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ACABA DE BEBER UMA LATA DE REFRIGERANTE**
Primeiros 10 minutos:
10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente.
Você não vomita imediatamente pelo doce extremo, porque o ácido fosfórico corta o gosto.
20 minutos:
O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina.
O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura (É muito para este momento em particular).
40 minutos:
A absorção de cafeína está completa. Suas pupilas dilatam, a pressão sanguínea sobe, o fígado responde bombeando mais açúcar na corrente. Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para evitar tonteiras.
45 minutos:
O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do corpo. (Fisicamente, funciona como com a heroína..)
50 minutos:
O ácido fosfórico empurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo.
As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina, ou seja, está urinando seus ossos, uma das causas das OSTEOPOROSE (ai de nossos joelhos!).
60 minutos:
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. Você urina.
Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco, os quais seus ossos precisariam..
Conforme a onda abaixa você sofrerá um choque de açúcar.
Ficará irritadiço (fácil de observar!).
Você já terá posto para fora tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas das quais farão falta ao seu organismo.
Isso tudo considerando somente quando você toma o refrigerente, tomando junto com a comida, você força a comida a uma fermentação mais longa provocando mais gases de refluxo e causando possivelmente esofagite(aquele negócio ácido que sobe pela garganta) e no futuro úlcera, como o líquido começa a absorção antes dos sólidos o refri neutraliza alguns ácidos da sua digestão, com isso não promovendo uma absorção ideal de vitaminas e proteínas(por isso os altos casos de anemia).
HA! OS REFRIGERANTES LARANJA E UVA SÃO PIORES
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil público para investigar a presença de benzeno em sete marcas de refrigerantes comercializadas no Brasil, detectada por análise divulgada pela PROTESTE em maio último. Ao analisar 24 amostras de diferentes marcas, a Associação detectou a presença do benzeno em sete delas: Fanta laranja, Fanta Laranja light, Sukita, Sukita Zero, Sprite Zero, Dolly Guaraná e Dolly Guaraná diet. Em duas das amostras – Fanta laranja light e Sukita Zero – a concentração estava acima dos limites considerados aceitáveis para a saúde humana.
Os testes detectaram ainda a presença dos corantes amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo, presentes, respectivamente, nos refrigerantes sabor uva e laranja. Tais corantes não são recomendados ao público infantil. O amarelo tartrazina pode causar alergias; o amarelo crepúsculo é suspeito de causar hiperatividade, tendo sido proibido em diversos países da Europa.
REFRIGERANTE E O PH SANGUÍNEO
Os refrigerantes são extremamente ácidos. Os mais famosos, na versão normal, light ou zero, à base de cola, tem pH igual a 2,5, além de alto índice de ácido fosfórico. O ácido fosfórico é um ácido potente capaz de intoxicar o ser humano, se não for rapidamente neutralizado.
Como já falado em nosso último encontro, a mensuração do pH é logarítimica. O decréscimo de um no pH significa multiplicar a acidez por dez. Assim, para neutralizar o refrigerante à base de cola de pH 2,5 seriam necessários 32 copos de água com pH 10. Quando bebemos um copo de refrigerante, o corpo faz um esforço tremendo para neutralizá-lo. Se o corpo nada fizesse, o pH do sangue (variação entre 7,35 e 7,45) mudaria para 4,6, matando-nos instantaneamente.
Para impedir a intoxicação ácida causada pelo consumo de refrigerantes e café, por exemplo, o corpo em sua sabedoria utiliza duas estratégias. A primeira estratégia é utilizar tampões alcalinos do sangue, tais como bicarbonato de sódio e o fosfato de sódio. Tampões são compostos químicos alcalinos que neutralizam acidez. A outra estratégia é converter esses ácidos líquidos voláteis em ácidos sólidos, menos reativos.
No entanto, os tampões alcalinos ao agirem para nos proteger da extrema acidez da Pepsi ou da Coca-Cola, ficam indisponíveis para neutralizar outros resíduos ácidos produzidos continuamente pelo nosso organismo, entre os quais subprodutos orgânicos da digestão tais como ácido acético, ácido lático, ácido úrico, ácido carbônico e ácidos graxos. Além disso, ficam também indisponíveis para neutralizar os subprodutos inorgânicos criados ou encontrados em alimentos, como ácido sulfúrico e ácido fosfórico. Repetimos que os refrigerantes à base de cola contém altos índices de ácido fosfórico.
O corpo usa o cálcio para converter o ácido fosfórico em fosfatos sólidos mais estáveis. Mas estes fosfatos podem se transformar em cálculos renais calcificados ou depósitos de cálcio. Muita gente pensa que os cálculos renais são causados por excesso de cálcio. Mas há pesquisas científicas que sugerem que os refrigerantes à base de cola são os principais culpados.
É bom saber também que o consumo de alimentos ácidos (como os refrigerantes) pode criar um meio ideal para a formação de câncer. O nosso sangue é alcalino (pH variando entre 7,35 a 7,45). As células humanas são adaptadas para esse meio alcalino. Já as células vegetais, ao contrário, preferem o meio ácido. À medida que nossos fluidos corporais tornam-se cada vez mais ácido, algumas células adaptam-se por meio de um processo evolutivo interno e assemelham-se a células vegetais. Estas, anormais, têm alta tendência a se transformarem em células cancerígenas, que florescem em meio ácido. Portanto, uma estratégia importante para prevenir ou tratar o câncer é manter o corpo mais alcalino possível.
Vejo nas casas que visito e nos restaurantes, que as pessoas vêm fazendo uso freqüente de refrigerantes à base de cola, sobretudo o zero (que dá uma falsa noção de produto saudável). Mas o consumo rotineiro durante quinze, vinte ou trinta anos, na certa, vai ter uma fatura a ser cobrada no futuro. O consumo rotineiro de refrigerantes à base de cola é um fator de risco para a perda óssea também, sobretudo nas mulheres, além de ser uma bebida diabetogênica (provoca diabetes).
Em 1998, o The American Journal of Clinical Nutrition comparou as dietas alcalinas com as dietas ácidas concluindo que as dietas alcalinas melhoram a densidade óssea, o equilíbrio de nitrogênio e as concentrações de hormônios no soro. Ao contrário, as dietas ácidas provocam acidez metabólica contribuindo para a perda óssea (osteopenia), osteoporose e perda de massa muscular.
Espero que nesse encontro eu tenha contribuído um pouco para suas reflexões. Mudar hábitos enraizados em nosso subconsciente é simples: basta tomar uma atitude e pronto! Mas o simples não significa que seja fácil: depende de cada um. Portanto, a saúde é uma questão de escolha porque a fatura só é cobrada daqui a alguns anos. Aí, então, pode ser tarde demais.
Pense nisso antes de beber refrigerantes.
Se não puder evitá-los, modere sua ingestão!
Prefira sucos naturais.
Seu corpo agradece!*
